segunda-feira, janeiro 1

A posse, o desenvolvimento e o Rolls Royce

O pior da segunda posse do Presidente Lula não foi nem a falta de público, por causa da chuva, do descrédito com a política e do repeteco da posse; nem a cara de almofada do Aldo Rabelo ao lado do Presidente, com os braços em cima da mesa e claramente desconfortável (talvez com o Chinaglia bem à sua frente, em pé no corredor central), vai saber...
O pior mesmo é a sensação de estar numa República de Bananas ao ver o Presidente desfilar num Rolls Royce da década de 50 seguido pelo vive Presidente num Ford 29 "alugado especialmente" para o evento.
A cena é uma caricatura do nosso subdesenvolvimento e da nossa incapacidade de pensar e fazer o Desenvolvimento do país. Pense bem: num país em que o desenvolvimento fosse um aspecto central da estratégia de governo, em que a economia fosse integrada mundialmente, que tivesse em pleno desenvolvimento, com crescimento a altas taxas anuais, com uma democracia dinâmica e uma elite política que representasse de alguma maneira este espítito de desenvolvimento, nós teríamos o Presidente desfilando num Rolls Royce 53 e o Vice num Ford 29?!

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